Prefácio

20 de setembro de 2009


Quando eu era pequena, sempre via meu pai pelos cantos da casa com um livro na mão, ou brigando internamente com sua consciência para escolher qual ler primeiro. Mas ele nunca me contou nenhuma das histórias.
- Se quiser saber a história, tem que ler. A imagem que a gente cria na cabeça é o que vale de verdade. - Ele me dizia.
Ao contrário da minha mãe, gostei da ideia de ler eu mesma. Comecei lendo os livros infantis clássicos. Ainda me lembro do primeiro que li; "O pequeno príncipe". Me apaixonei pela literatura.
Sempre mantive um dicionário ao lado para tirar minhas dúvidas nas palavras mais difíceis. Até hoje agradeço meu pai por me fazer encontrar incentivo na leitura.
Ele saiu da minha casa quando eu ainda era pequena, por causa das incessantes brigas com minha mãe. Na época, eu com 3 anos, não fazia nem ideia do que estava acontecendo. Só me lembro de perguntar a minha mãe às vezes "Onde está o papai?" sem receber nenhuma resposta. Acreditava que um dia ele voltaria.
E voltou. Quando eu fiz 7 anos ele veio morar conosco de novo, junto com a filha dele de outro relacionamento, que era mais velha que eu. Devem ter ficado por aqui uns dois anos, e então ele foi-se embora de novo. Dessa vez eu entendi o porque das brigas com a minha mãe; Álcool.
Desse dia em diante eu jurei pra mim mesma que nunca iria beber, fumar ou usar drogas. Como a mente de uma criança pode ser tão inocente, não é?

Trecho do livro que eu estou escrevendo. Me desculpem pelo meu sumisso. Minha vida anda meio agitada e meu computador não está cooperando. Até mais!

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