Do fato ao ato

13 de março de 2010

Eu era a sede, você era a fome. Eu era a cruz, você era a alma. Nosso desejo foi o mais terrível e curto. O mais revolto e ébrio. O mais tenso e ávido. O mais abstrato e real. E desde então não sou mais dor. Você é meu milagre. A boca mordida, os beijos famintos, a fome e a sede saciadas. As palavras nos lábios, a alma na boca. O destino traçado. Minha cúpula sagrada, meu amor.

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