Flores de inverno, neve de verão

5 de março de 2010

São estes os ínvios caminhos, os ditames do coração, onde medra a saudade nas flores de inverno, neve de verão. Pois quando a paixão domina, o relógio anda ao contrário, não sabendo eu bem o que fazer. Pois as estrelas trocam de lugar e de nada me serve o astrolábio. Que me serve para ver qual a tua posição no firmamento do meu ser e por isso ando perdida, tentando saber, tentando perceber... Quais as cores com que te hei-de pintar. Se acabo esse quadro ou se a meio deixo ficar. E se calhar... Assim ficará. Pintura inacabada. Para a posteridade, possivelmente finalizada no futuro por alguém que perceba mais de amor do que eu... Pois eu estarei em qualquer lugar, se calhar. Algures no céu, contemplando a perene imensidão, olhando o que deixei pra trás... Flores de inverno, neve de verão.

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