Ao meu amigo

28 de fevereiro de 2010


M. A.

A vida não anda nada fácil, não é? Sobreviver a tantos obstáculos causa exaustão. Eu aprendi com o tempo, que a gente tem que deixar o orgulho de lado, se misturar, por mais difícil que seja tentar viver com o resto do mundo. Eu aprendi que criar personagens não vale à pena, pois as pessoas não conseguem ver o autor por trás deles. Aprendi que chorar não é defeito, que o sorriso não precisa ser forçado, que fazer social não é tão ruim. Aprendi a não reagir a sentimentos descontrolados, aprendi a conviver com os menos afortunados em questão de inteligência, aprendi a dançar conforme a música. Parece ser chato, não é?
Acontece que se a gente se trancar num quarto, mergulhar em livros e na internet, se viciar em cafeína e não ter nem um pouco de vida social, a gente enlouquece. Quanto mais você se esconde, mais complexos ficam seus pensamentos, e quanto mais você pensa, mais você quer que aquilo tudo termine. Chega uma hora que você pensa em terminar com as próprias mãos.
Não vale a pena se remoer com coisas que já acontecem há tempos dentro e fora da sua própria casa. O que vale daqui pra frente e criar planos para o seu futuro e, acima de tudo, viver o seu presente. Sabe aquelas crianças que sonham em ser astronautas e vivem brincando com foguetinhos e fingindo estar na torre de comando? É assim que a gente começa a criar o nosso próprio futuro.
Vamos, pegue sua mochila, um lanche qualquer na geladeira, ande pela cidade, escolha um lugar que te faça sentir bem, observe as pessoas, responda “Oi” ou “Boa tarde” a quem te cumprimentar, sorria verdadeiramente as pessoas que te cantarem. Vá ao cinema, assista uma comédia, dê boas gargalhadas. Eu sei que você pode fazer isso. Eu acredito em você.
No mais, meu querido amigo, seja feliz. Nos vemos nas férias.

T. S.

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