Exaustão

19 de fevereiro de 2010


Ele vem à noite e se refaz da dor, do vazio, do amor. Ele vem à noite e de novo se refaz do drama, da trama, do que não satisfaz. Manhã cinza acetinada, que me acalma, que não diz nada, triste, sem alma, lenta, só. Estou dolorida, me amasso no desassossego do quarto em pó. Esta louca vontade de ficar aqui, largada em emoções, perdida em sensações... Lá fora o tempo me chama, finjo não ouvir no silêncio de minhas recordações. Em meu pensamento habita a saudade, no meu peito a solidão. E eu só... Exaustão.

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